
Médicos reprovam na residência não só por falta de estudo, mas por comerem mal
- Max Alves
- 18 de nov.
- 4 min de leitura
“Não é raro eu receber aluno que estuda 6, 8 horas por dia, mas não consegue raciocinar na prova, vive cansado, com memória ruim e sono péssimo. Quando peço exames, aparecem deficiências graves de ferro, vitamina D, B12…”
É assim que o médico e mentor para residência médica Max Alves descreve uma realidade silenciosa: futuros residentes estão falhando não apenas por falta de conteúdo, mas por corpo e cérebro funcionando no modo reserva.
A rotina que sabota o próprio cérebro
Durante a faculdade e os primeiros anos da vida profissional, a rotina do estudante de medicina costuma ser caótica: plantão, prova, estágio, curso preparatório, deslocamento, pouco sono – e comida “quando der”.
Estudos com universitários e estudantes de áreas da saúde mostram com frequência:
alta prevalência de hábitos alimentares inadequados, como pular refeições, consumo elevado de ultraprocessados e baixa ingestão de frutas, verduras e fontes de proteína de qualidade.
associação entre dieta ruim, mais fadiga, mais estresse, pior saúde mental e pior desempenho acadêmico.
Um estudo clássico em estudantes de medicina mostrou que fadiga, queixa extremamente comum nesse grupo, se relaciona a hábitos alimentares inadequados, como pular o café da manhã e padrões dietéticos pobres.
Em outras palavras:
Não é só que o aluno “não aguenta estudar”. Muitas vezes, o cérebro dele está funcionando sem combustível e sem micronutrientes básicos.
Déficits silenciosos, impacto gigante
Vitamina D: o “apagão silencioso” dos estudantes de medicina
Vários estudos encontraram altíssimas taxas de deficiência de vitamina D entre estudantes de medicina:
Um trabalho relatou deficiência em 74% dos alunos (mais 21% com insuficiência).
Outro encontrou 96% dos estudantes com níveis deficientes e os demais com insuficiência, ou seja: praticamente ninguém com níveis adequados.
Estudos recentes continuam mostrando prevalências acima de 60% nessa população.
Vitamina D baixa está associada a fadiga, dores musculoesqueléticas, pior imunidade e até alterações de humor – fatores que, somados, atrapalham diretamente a constância de estudo e a performance em provas longas.
Ferro e anemia: quando falta oxigênio para o raciocínio
A deficiência de ferro e a anemia ferropriva têm impacto direto na cognição:
Estudos mostram que anemia por deficiência de ferro reduz atenção, velocidade de processamento e desempenho em testes cognitivos, e que tratar a deficiência melhora, ao menos parcialmente, essas funções.
Em populações universitárias, a presença de anemia ferropriva se associa a piores escores de cognição e menor desempenho global.
Em termos práticos, isso significa:
mais dificuldade de fixar conteúdo,
mais lentidão para interpretar questões complexas,
maior chance de “branco” em prova longa, mesmo com conteúdo estudado.
Dieta ruim = notas mais baixas
Revisões sistemáticas e estudos em universitários mostram associação entre melhor qualidade da dieta e melhores notas, ainda que com intensidade variável.
Um estudo recente com universitários encontrou que alunos com hábitos alimentares ruins tiveram média de nota significativamente menor do que aqueles com dieta considerada adequada.
Ou seja:
O que você coloca no prato nas semanas e meses de preparação aparece no boletim – e, no caso da residência, na lista de aprovados.
O que Max Alves vê na prática
Na mentoria para residência médica, Max Alves incluiu um passo que foge completamente do padrão dos cursinhos tradicionais:
“Eu peço exames para todos os alunos. É impressionante: vitamina D lá embaixo, ferro baixo ou anemia, B12 no limite, muitas vezes TSH alterado. É como pedir para alguém correr uma maratona com metade do pulmão funcionando.”
Segundo o mentor, o ciclo é sempre o mesmo:
Rotina caótica → Pula refeição, toma café em excesso, belisca qualquer coisa na cantina.
Deficiências nutricionais e sono ruim → Cansaço crônico, irritabilidade, dificuldade de concentração.
Rendimento baixo no estudo → O aluno responde mal a questões, não fixa o conteúdo, se sente “burro”.
Culpa e frustração → Acredita que “não nasceu para passar”, quando na verdade está metabolicamente mal preparado.
Ciência + estratégia: estudo não é só PDF e questão
Os dados da literatura deixam claro que nutrição, saúde mental, sono e desempenho acadêmico estão intimamente ligados.
Num cenário tão competitivo quanto as provas de residência, ignorar isso é um erro estratégico. Não basta:
ter o melhor material,
assistir horas de aula,
fazer milhares de questões,
se o cérebro está tentando trabalhar com ferro, vitamina D, B12 e outros micronutrientes em déficit, sem rotina de sono e com dieta que mais parece plantão eterno de pronto-socorro.
É aí que entra a proposta da Mentoria Residência Médica com Max Alves.
Como funciona a Mentoria Residência Médica com Max Alves
A mentoria não é “só mais um cursinho”. Ela parte da ideia de que aprovação é um projeto de alta performance, e alta performance exige corpo e mente ajustados.
1. Avaliação global do aluno
Levantamento da rotina, carga horária, estágio/faculdade.
Solicitação de exames laboratoriais básicos (como ferro, ferritina, hemograma, vitamina D, B12 e outros, conforme indicação médica).
Identificação de possíveis déficits que estão sabotando foco, energia e memória.
2. Estudo com metodologia ativa e direcionamento
Aulas objetivas, voltadas para o que realmente cai na residência.
Aplicativo com questões comentadas, estatísticas e métricas de desempenho.
Planejamento semanal com metas claras, adaptadas à realidade de quem trabalha, faz internato, tem plantão.
3. Ajustes de saúde e performance
Orientação para o aluno levar os resultados ao médico assistente e/ou nutricionista, para manejo adequado das deficiências encontradas.
Discussão sobre higiene do sono, organização do dia e manejo de energia ao longo da semana.
Foco em constância: estudar menos horas mal alimentado e exausto é pior do que estudar de forma inteligente, com corpo ajustado.
4. Acompanhamento próximo com o mentor
Contato contínuo com o próprio Max, que acompanha evolução, métricas e ajustes de rota.
Correção de estratégia, não só de conteúdo: se você está “apagando” na prova, a pergunta é por quê, e não só “estude mais”.
Por que isso muda o jogo para a sua aprovação?
Porque enquanto a maioria dos concorrentes foca apenas em “mais material, mais aula, mais horas de estudo”, a mentoria trabalha em três frentes:
Cérebro bem nutrido – corrigindo (com profissional de saúde) déficits que afetam atenção, memória e raciocínio.
Método eficiente – estudo ativo, questões, revisões e métricas objetivas.
Direção clara – o que estudar, quanto estudar, em que ordem e como adaptar à sua realidade.
No final, a conta é simples:
Quem come mal, dorme mal e vive exausto estuda contra o próprio organismo.
Quem cuida do corpo, organiza a mente e segue uma estratégia clara aumenta muito as chances de ver o nome na lista de aprovados.

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