Lúpus Eritematoso Hipertrófico
- Max Alves
- 25 de mar.
- 1 min de leitura

### **Definição**
O lúpus eritematoso hipertrófico (LEH) é uma forma rara e exuberante de lúpus cutâneo crônico, caracterizada por lesões verrucosas ou hiperqueratóticas, geralmente localizadas em áreas fotoexpostas. Pode ser confundido com outras dermatoses hiperproliferativas, como verrugas vulgares, carcinomas e queratoses actínicas.
### **Manifestações Clínicas**
- Pápulas ou placas verrucosas, hiperqueratóticas, de coloração avermelhada a acastanhada.
- Predomínio em face, couro cabeludo, orelhas e dorso das mãos.
- Pode evoluir com atrofia central e cicatrização, semelhante ao lúpus eritematoso discoide (LED).
- Associado ou não a lúpus eritematoso sistêmico (LES).
### **Diagnóstico**
- **Histopatologia**: Hiperqueratose acentuada, atrofia epidérmica focal, vacuolização da camada basal e infiltrado inflamatório linfocitário em padrão lichenoide. Pode haver presença de mucina dérmica.
- **Imunofluorescência Direta**: Depósito granular de IgG, IgM e C3 na junção dermoepidérmica (padrão "band-like").
- **Autoanticorpos**: Pesquisa de FAN e outros autoanticorpos para avaliar associação com LES.
### **Diagnóstico Diferencial**
- Verruga vulgar
- Ceratoacantoma
- Carcinoma espinocelular
- Líquen plano hipertrófico
- Psoríase
### **Tratamento**
- **Corticoides tópicos ou intralesionais**: Primeira linha para controle da inflamação.
- **Antimaláricos (hidroxicloroquina)**: Se lesões refratárias ou suspeita de LES associado.
- **Retinoides sistêmicos (acitretina)**: Casos hiperqueratóticos graves.
- **Imunossupressores sistêmicos** (metotrexato, micofenolato mofetil): Se houver envolvimento extenso ou falha ao tratamento inicial.
- **Fotoproteção rigorosa**: Essencial para prevenção de novas lesões e agravamento.
### **Prognóstico**
O LEH tende a ser crônico e recorrente. Apesar da evolução benigna, pode causar cicatrizes atróficas e alterações pigmentares. O risco de transformação maligna é raro, mas deve ser monitorado.
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