Esporotricose
- Max Alves
- 25 de mar.
- 1 min de leitura
A **esporotricose** é uma micose subcutânea causada pelo **Sporothrix spp.**, um fungo dimórfico presente no solo, plantas e matéria orgânica em decomposição. A principal via de transmissão é a inoculação traumática, sendo comum em trabalhadores rurais, jardineiros e em pessoas expostas a gatos infectados.
### **Quadro Clínico**
1. **Forma Cutânea Localizada:**
- Mais comum, caracterizada por pápula ou nódulo ulcerado em locais de trauma.
2. **Forma Linfocutânea:**
- Lesão primária ulcerada com progressão linfangítica, formando nódulos em “rosário”.
3. **Forma Cutânea Fixa:**
- Placa verrucosa ou ulcerada sem disseminação linfática.
4. **Forma Extracutânea:**
- Acometimento ósseo, pulmonar ou disseminado, mais comum em imunossuprimidos (ex.: HIV).
### **Diagnóstico**
- Cultura fúngica (padrão-ouro).
- Exame direto (raramente útil).
- Histopatológico com coloração de PAS ou Grocott.
- Testes moleculares (PCR) em centros especializados.
### **Tratamento**
1. **Formas cutâneas:**
- **Itraconazol** 100–200 mg/dia por 3–6 meses.
- **Soluto saturado de iodeto de potássio** (segunda linha).
2. **Formas extracutâneas ou graves:**
- **Anfotericina B lipossomal** na fase inicial, seguido de itraconazol.
3. **Esporotricose zoonótica (felina):**
- Tratamento prolongado e medidas de controle animal.
A **prevenção** inclui o uso de EPIs (luvas, botas) em atividades de risco e controle da esporotricose felina.
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