Cutis laxa
- Max Alves
- 24 de mar.
- 1 min de leitura
Cutis Laxa – Resumo Clínico (MSD Manuals)
Definição:Cutis laxa é um grupo heterogêneo de doenças do tecido conjuntivo caracterizadas por pele frouxa, inelástica e enrugada, devido à deficiência na formação, manutenção ou estrutura das fibras elásticas. Pode ser congênita (hereditária) ou adquirida.
Etiologia e Classificação:
Formas Hereditárias:
Autossômica dominante: geralmente benigna, com envolvimento primariamente cutâneo.
Autossômica recessiva tipo 1: mais grave, com comprometimento sistêmico (respiratório, gastrointestinal, geniturinário e cardiovascular).
Autossômica recessiva tipo 2 (síndrome de Debré-type): menos grave, mas associada a atraso no desenvolvimento e anormalidades esqueléticas.
Ligada ao X: rara, associada a anormalidades urinárias e neurológicas.
Forma Adquirida:
Pode ocorrer após processos inflamatórios cutâneos graves, como erupções urticariformes, doenças autoimunes ou exposição a drogas (ex.: penicilamina).
Manifestações Clínicas:
Pele: frouxa, redundante, enrugada, principalmente na face, pescoço e áreas de dobras.
Sistema respiratório: enfisema, atelectasia, pneumotórax.
Cardiovascular: prolapso da valva mitral, aneurismas, estenose arterial.
Gastrointestinal: divertículos, hérnias, prolapso retal.
Urinário: bexiga diverticular, refluxo vesicoureteral.
Esquelético: hipermobilidade articular, cifoescoliose.
Neurológico: em algumas formas, atraso no desenvolvimento e convulsões.
Diagnóstico:
Clínico: avaliação do fenótipo cutâneo e sistêmico.
Histologia: fragmentação e diminuição das fibras elásticas na derme.
Genética: testes moleculares para identificação de mutações (ex.: ELN, FBLN5, ATP6V0A2, entre outros).
Avaliação por imagem para investigar complicações sistêmicas (ex.: TC de tórax, ecocardiograma).
Diagnóstico Diferencial:
Síndrome de Ehlers-Danlos
Progeria
Pseudoxantoma elástico
Síndrome de Marfan
Tratamento e Prognóstico:
Não há cura. O tratamento é suporte clínico e manejo das complicações.
Cirurgias podem ser necessárias para corrigir hérnias, prolapso ou alterações cardiovasculares.
Prognóstico variável: formas dominantes são geralmente benignas; formas recessivas podem ter evolução grave e risco de vida.




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