
Pós esplenectomia
- Max Alves
- 16 de out.
- 1 min de leitura
Homem de 45 anos, submetido à esplenectomia há 2 anos por trauma abdominal, procura o pronto-socorro com quadro de febre alta, calafrios e mal-estar há 12 horas. Evolui rapidamente com petéquias, confusão mental e sinais de choque séptico. Ao exame, apresenta lesões hemorrágicas e necrose cutânea em extremidades e face. O esfregaço periférico mostra corpos de Howell-Jolly.
Assinale a alternativa que indica o diagnóstico mais provável e os principais agentes etiológicos envolvidos.
A) Sepse meningocócica — Neisseria meningitidis e Moraxella catarrhalis.
B) Infecção pós-esplenectomia (OPSI) — Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Neisseria meningitidis.
C) Síndrome de Waterhouse-Friderichsen — Neisseria gonorrhoeae.
D) Endocardite infecciosa — Staphylococcus aureus e Enterococcus faecalis.
COMENTÁRIO:
O paciente esplenectomizado tem perda da função imune contra microrganismos encapsulados, uma vez que o baço é essencial para a opsonização e fagocitose desses patógenos. A Overwhelming Post-Splenectomy Infection (OPSI) é uma condição fulminante, que pode evoluir para choque séptico em poucas horas, com mortalidade acima de 50%.
Os principais agentes são:
Streptococcus pneumoniae (mais comum, >50%)
Haemophilus influenzae tipo b
Neisseria meningitidis
A prevenção é fundamental, com vacinação antipneumocócica, antimeningocócica e contra H. influenzae tipo b, além de profilaxia antibiótica (penicilina oral) em alguns casos.
A presença de corpos de Howell-Jolly no esfregaço confirma ausência de função esplênica.
✅ Resposta correta: B) Infecção pós-esplenectomia (OPSI) — Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Neisseria meningitidis.

Comentários