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Pé diabético

Homem de 58 anos, portador de diabetes mellitus tipo 2 há 15 anos, apresenta ferida dolorosa em pododáctilo, com bordas endurecidas e fundo profundo, conforme a imagem abaixo. Ele relata história de formigamento e queimação nos pés, principalmente à noite. Ao exame, observa-se perda parcial da sensibilidade tátil, além de pulsos pediosos palpáveis.


Qual das alternativas representa a conduta mais adequada para o manejo inicial deste paciente?


A) Prescrever anti-inflamatório não esteroidal (AINE) para alívio da dor e manter acompanhamento ambulatorial.

B) Iniciar antibioticoterapia empírica oral imediata e orientar repouso domiciliar absoluto.

C) Realizar desbridamento local, otimizar o controle glicêmico, orientar cuidados com calçados e considerar avaliação para uso de gabapentina para dor neuropática.

D) Solicitar arteriografia imediatamente e indicar revascularização cirúrgica urgente.




Comentário:

O caso clínico é típico de pé diabético com úlcera neuropática: há perda de sensibilidade periférica (neuropatia diabética), presença de ferida em região de apoio (planta do pé/dedos) e pulsos palpáveis (afastando doença arterial periférica grave).

O manejo inicial deve contemplar:


  • Desbridamento e limpeza da lesão;

  • Cuidados locais e prevenção de novas lesões (calçados adequados, higiene, curativos);

  • Controle glicêmico rigoroso;

  • Tratamento da dor neuropática: drogas de primeira linha incluem gabapentina, pregabalina, duloxetina ou amitriptilina.


    O uso de AINEs não trata dor neuropática (Alternativa A incorreta).


    A antibioticoterapia empírica só é indicada se houver sinais de infecção (celulite, pus, odor, febre), não presente no caso (Alternativa B incorreta).


    Não há sinais de isquemia crítica que justifiquem revascularização de urgência (Alternativa D incorreta).



✅ Resposta correta: C)

 
 
 

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