
Pé diabético
- Max Alves
- 7 de set.
- 1 min de leitura
Homem de 58 anos, portador de diabetes mellitus tipo 2 há 15 anos, apresenta ferida dolorosa em pododáctilo, com bordas endurecidas e fundo profundo, conforme a imagem abaixo. Ele relata história de formigamento e queimação nos pés, principalmente à noite. Ao exame, observa-se perda parcial da sensibilidade tátil, além de pulsos pediosos palpáveis.
Qual das alternativas representa a conduta mais adequada para o manejo inicial deste paciente?
A) Prescrever anti-inflamatório não esteroidal (AINE) para alívio da dor e manter acompanhamento ambulatorial.
B) Iniciar antibioticoterapia empírica oral imediata e orientar repouso domiciliar absoluto.
C) Realizar desbridamento local, otimizar o controle glicêmico, orientar cuidados com calçados e considerar avaliação para uso de gabapentina para dor neuropática.
D) Solicitar arteriografia imediatamente e indicar revascularização cirúrgica urgente.
Comentário:
O caso clínico é típico de pé diabético com úlcera neuropática: há perda de sensibilidade periférica (neuropatia diabética), presença de ferida em região de apoio (planta do pé/dedos) e pulsos palpáveis (afastando doença arterial periférica grave).
O manejo inicial deve contemplar:
Desbridamento e limpeza da lesão;
Cuidados locais e prevenção de novas lesões (calçados adequados, higiene, curativos);
Controle glicêmico rigoroso;
Tratamento da dor neuropática: drogas de primeira linha incluem gabapentina, pregabalina, duloxetina ou amitriptilina.
O uso de AINEs não trata dor neuropática (Alternativa A incorreta).
A antibioticoterapia empírica só é indicada se houver sinais de infecção (celulite, pus, odor, febre), não presente no caso (Alternativa B incorreta).
Não há sinais de isquemia crítica que justifiquem revascularização de urgência (Alternativa D incorreta).
✅ Resposta correta: C)

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